Percebo que sou uma pessoa que leva a vida a brincar quando estou descansada na minha loja, na minha hora de almoço, e a vizinha cabeleireira vem pedir ajuda em prantos, prantos tais que achei, sinceramente, que ela tinha sido assaltada com direito a pistolas e coisas assim. Afinal não! Afinal, a senhora apenas veio a rua falar com a contabilista e a porta fechou-se, com chaves, telemóvel, etc, tudo lá dentro. Eu, que nada podia fazer, desatei a rir a bom rir de ir as lágrimas, porque o pranto da senhora era totalmente despropositado, que tudo acaba por se arranjar e porque se fosse comigo, no lugar de ter desatado a chorar desalmadamente, tinha-me rido a bom rir da minha parvoíce em sair para a rua sem chaves. Mas a senhora não! A senhora chorava que dava dó....