Ora no sábado a noite, muito infeliz e triste que estava, recebi uma chamada da R. a perguntar se eu queria ir sair com ela e com uns amigos para "um sitio para dançar". Eu que não digo que não a um bom pezinho de dança, nem questionei qual o lugar e disse prontamente que sim, que isto de me arrastar pela casa tem de acabar. Lutei contra o comodismo e até me aperaltei (dentro do género o mais confortável possível) pensando eu que ia para uma discoteca, já que é coisa que me faz gosto e da qual estava mesmo a precisar.
Qual não é o nosso espanto (sim nosso, porque a R. também não sabia), após cafezinho da praxe, que fomos levadas a uma danceteria, mais conhecida pelos famosos bailes das velhas. Ainda sem querer acreditar, decidi que até nem devia ser mau de todo pois estavam lá pessoas de todas as idade. Pois... não foi mau, passei a noite a reparar em tudo e em todos (sou uma pessoa observadora... fazer o quê??). De modos que tenho umas dicas (quem é amiga?? quem é??) para quem quiser frequentar esse tipo de bailes. Em primeiro lugar levar alguém para dançar mas que seja da vossa altura, isto porque um dos requisitos é dançar com a cabeça encostadinha ao par. Em segundo lugar... se a cabeça está encostadinha, todo o resto do corpo convém estar o mais longe possível do par e se possível com o rabo espetado. Dá dor nas costas??? Dá... mas assim é que dá estilo, combinado?? Em terceiro lugar, adorar musica africana, tipo kizombas e coisas do género. Em quarto lugar levarem a vossa melhor fatiota. Se tiverem vestidos com muitos brilhantes tanto melhor. E sapatos com tacão nunca abaixo dos 13cm. E pronto. Não precisam de agradecer, que eu até gosto de dar ajudinha e fazer serviço publico.
No meu carro agora não se ouve nada que não seja uma boa balada, daquelas de levar as lagrimas até as pedras da calçada ou então musica mexida, mas em bom. Que não há nada como uma limpeza auditiva...
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