segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Se há coisa com a qual não sei lidar é a falsidade. Sempre fui educada a manter a minha palavra até ao fim mesmo que, depois de pensar melhor, me tenha arrependido, e arcar, obviamente, com as consequencias. De modos que quando me falham nesta perspectiva é como se aquela pessoa levasse uma grande cruz vermelha e não consigo nunca mais olhar para ela da mesma forma.
Há coisa de quinze dias, surgiu a minha mãe uma proposta de ficar proprietaria da loja para a qual, por enquanto ainda trabalha. Alegadamente, a senhora, empresária em nome individual e proprietaria de duas lojas, está a apresentar demasiados lucros pelo que teria de passar para outra forma de empresa. No entanto, a senhora não quis e uma das formas que encontrou em baixar o lucro foi desfazer-se então da loja. Até aqui tudo bem. A minha mãe falou comigo, avaliámos os prós e os contras e decidimos avançar com o projecto. Chegámos, inclusive, a ter uma reunião com ela para acertarmos os pontos, na qual ela deu as facilidades todas e mais algumas, onde chegámos a acertar preço dos equipamentos, alertando-nos apenas para o facto de o único entrave ser o senhorio, pois possivelmente ele ia-nos pedir imensas condições. Assim foi e não preenchendo nós os requisitos solicitados pelo senhor, pensámos noutro local, não muito longe (na verdade duas lojas ao lado) e falámos então com ela para saber se não sendo a mesma loja, se ela ainda estava disposta a manter o negocio connosco nestes moldes. Aqui a conversa já foi ligeiramente diferente e que teria então de falar com o marido para nos dar uma resposta. Até hoje continuamos a espera. Não tem falado com a minha mãe, não está na loja quando ela lá vai e se falar ao telefone com ela é a despacha-la. Obviamente que nós, com estas atitudes, já percebemos que a senhora deve ter voltado com a palavra atrás, pelo menos em vender o equipamento, mas não custava nada ela ter dito que afinal tinha pensado melhor e que o equipamento ficava para ela. Acho que seria uma atitude bem mais sensata do que andar a fugir de nós.
Da minha parte, se amanhã a encontrar na aula de Zumba, faço questão de no final ir ter com ela e perguntar-lhe se já tem uma resposta para nós. Detesto ter a vida empatada porque os outros não se decidem, e da maneira como ando furiosa com esta falta de lealdade acho que não se livra de ouvir umas quantas verdades!

3 comentários:

Tsuri disse...

Concordo plenamente contigo! Em todos os sentidos e a semana passada aconteceu algo muito semelhante. Fico furiosa pois também não me educaram com esses princípios. Sou mulher de palavra e reajo exactamente da mesma forma quando me sinto "enfacalhada"!
beijinhos

Miúda disse...

falta de respeito, pelo menos uma palavra dizia...

A' disse...

Como eu te compreendo...
Infelizmente, e não querendo de todo generalizar, o mundo está cada vez mais assim..
Grande beijinho*