quarta-feira, 13 de junho de 2012

Carta aberta a selecção

Ora uma vez que está na moda escrever cartas a selecção nacional, aqui a menina não quis ficar atrás, pelo que cá vão algumas humildes palavras.

Cara Selecção...

Vamos lá ver se começam a dar menos dores no coração dos portugueses. Nós fazemos a nossa parte, mesmo sem acreditarmos, muito, lá paramos o nosso mundo, para durante 90 minutos acompanharmos o que vocês fazem dentro de quatro linhas. E é ver-nos de cachecóis ao pescoço a cantar o Hino, a rezar aos santinhos e a termos quase um ataque cardíaco por vossa causa. Não merecemos sofrer tanto...
É certo que muitas vezes vos ofendemos, gritamos impropérios, mas nada disto é verdadeiramente sentido, basicamente é uma forma de expressarmos o que, possivelmente, se estivéssemos por perto seria bem pior. Por exemplo: se eu estivesse junto do Cristiano na altura em que ele falhou dois golos de baliza aberta em vez de lhe chamar nomes, nada de muito grave, só parvalhão e estúpido que eu sou uma miúda educada, se calhar tinha-lhe aplicado dois pares de estalos. Não é nada pessoal, só que custa-me ver crianças e crianças dizerem que o seu jogador preferido é o Ronaldo porque marca golos e vai-se a ver e no final não há golos para ninguém, e já se sabe que enganar uma criança não se faz.
Lembro-vos também que para passar férias os destinos com praia nesta altura são bem melhores. Eu até posso compreender que seja necessário gastarem 33.000€ por dia para se manterem em boa forma, embora ache que podiam fazer a festa por menos, mas já que vos dão oportunidade de estarem tão bem instalados, dêem-nos a oportunidade de festejarmos sem sofrimento se faz favor.
Deste modo apenas vos peço que não adormeçam quando acham que o jogo já está ganho, porque embora levem golos de vantagem o tempo continua a contar e vale tanto para vós como para o adversário. Da minha parte vou continuar  apoiar-vos de cachecol ao pescoço e um bocadinho mais crente, portanto façam a vossa parte que é jogar para um bem comum e não para individualidades se mostrarem.

Com os mais respeitosos cumprimentos futebolisticos