terça-feira, 8 de março de 2011

O M. foi embora há duas horas e já estou cansada de estar para aqui sozinha a lamentar-me. As Férias do Carnaval deixaram-me mal habituada e já não me lembrava que ele tinha de ir embora.  Se há quatro anos me dissessem que um dia teria de estar tanto tempo sem ele eu responderia que não fazia mal, que é tudo uma questão de habito, que o que conta é a intensidade com que vivemos os poucos momentos juntos. Diria tudo isto porque na verdade falava de barriga cheia. Éramos ambos estudantes, com o tempo todo do mundo e todos os minutos que tínhamos eram passados juntos, embora eu não dispensasse (e continuo a não dispensar) os encontros só de gajas que tão bem me fazem a alma.
Hoje o discurso já muda, e se soubesse, que ele ia "casar" com a Força Aérea antes de casar comigo, teria feito tudo e mais alguma coisa para lhe tirar esta ideia parva da cabeça. A ingenuidade de achar que é tudo fácil, que a base até é perto e que "afinal uma semana passa num instante", passa logo ao fim de duas semanas e o que custa é o resto. Parte-me o coração a hora da despedida e custa-me pensar em cada dia que vai estar fora, embora depois vá sempre riscando o calendário até chegar a sexta feira outra vez.
É por estas e por outras que o mês de Abril pode tardar em chegar, porque é o mês das decisões, porque é o mês das mudanças, porque é o mês das poucas hipóteses de ficar por terras do continente e se isso acontecer então aí é que nem quero pensar como vai ser...

1 comentário:

Susana Ferreira disse...

Agarras na trouxa e vais com ele!
Amor é amor e o resto que se lixe...